Cancelamento da FEPE na Praça São Salvador expõe incoerência entre Prefeitura e CDL
O cancelamento da realização da Feira de Preços Especiais (FEPE) na Praça São Salvador, transferida para o Cais da Lapa, reacendeu o debate sobre a forma como a Prefeitura de Campos e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) tratam os espaços públicos do município.
A mudança de local, anunciada sob o argumento de melhor estrutura, expõe uma contradição já conhecida: tanto a Prefeitura quanto a CDL têm plena ciência de que a Praça São Salvador necessita de inúmeros reparos e revitalização. Ainda assim, o espaço continua sendo ignorado pelo poder público, que posterga medidas concretas de conservação e cuidado com um dos principais cartões-postais da cidade.
O problema se agrava pelo papel da CDL, que, em vez de atuar em defesa do patrimônio público, acaba colaborando para a deterioração do cenário, ao insistir no uso de uma praça fragilizada sem cobrar providências efetivas do Executivo municipal. Essa postura, além de desrespeitar a importância histórica e simbólica da Praça São Salvador, reforça o descaso com o centro da cidade, que perde força como polo de convivência e de circulação de consumidores.
A transferência da FEPE para o Cais da Lapa pode, por ora, resolver a logística do evento, mas não enfrenta a questão central: a urgência de restaurar e valorizar a Praça São Salvador, devolvendo à população um espaço digno e preservado. A incoerência entre discurso e prática, por parte da Prefeitura e da CDL, deixa claro que a cidade carece de uma política consistente de respeito e cuidado com o patrimônio público.
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