O Fomepizol é um medicamento essencial no tratamento de intoxicações por metanol e etilenoglicol — substâncias presentes em produtos como solventes, combustíveis e até bebidas adulteradas. Sua ausência em situações de emergência pode significar a diferença entre a vida e a morte.
Diante desse cenário, surge uma preocupação legítima: a cidade de Campos dos Goytacazes está preparada caso um paciente necessite de Fomepizol?
Com o aumento dos casos de intoxicação acidental e também de bebidas falsificadas no país, é fundamental que hospitais públicos e privados mantenham estoques de antídotos raros, como o Fomepizol. No entanto, em muitos municípios brasileiros, o medicamento é de difícil acesso, e o atendimento imediato depende de transferências para capitais ou hospitais de referência.
A Secretaria Municipal de Saúde de Campos precisa esclarecer se possui o Fomepizol em seu estoque ou, ao menos, um protocolo de emergência para casos desse tipo. Afinal, a demora em administrar o antídoto pode causar falência renal, sequelas neurológicas graves ou morte.
Mais do que reagir a crises, é preciso se antecipar a elas. A saúde pública municipal tem a obrigação de garantir não apenas o básico, mas também os meios para responder rapidamente a situações raras, porém fatais. Campos está pronta? Essa é a pergunta que precisa ser respondida antes que um caso real coloque vidas em risco.
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