Polêmica entre Prefeitura e CDL ganha força após laudo técnico apontar riscos e danos estruturais no centro de Campos. O Documento menciona risco elétrico, rachaduras e pichações antigas; entidades trocam acusações sobre a responsabilidade pelas falhas
Um laudo técnico (divulgado no manchete rj) reacendeu o embate entre a Prefeitura de Campos dos Goytacazes e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). O laudo, elaborado por peritos, expõe uma série de problemas estruturais em áreas públicas, reacendendo a disputa sobre quem deve arcar com os custos de manutenção e reparos.
Risco elétrico e falhas estruturais
Entre os pontos destacados no relatório estão situações de risco elétrico iminente, com fiação exposta na base dos postes de iluminação, além de elementos soltos e quebrados em pisos, bancos e luminárias, que colocam pedestres em perigo.
O laudo também relata fissuras e rachaduras causadas por raízes de árvores, depredações e tráfego de veículos pesados, que teriam contribuído para a deterioração do espaço público. Outro ponto sensível é o Monumento ao Soldado, que segundo o documento, apresenta pichações registradas desde 2019, indicando falta de conservação continuada.
Troca de acusações
A Prefeitura teria usado o conteúdo do laudo para questionar o uso do espaço pela CDL, apontando que parte dos danos teria ocorrido durante eventos organizados pela entidade. A CDL, no entanto, nega responsabilidade direta e afirma que grande parte das avarias antecede suas atividades no local.
Em nota, a Câmara de Dirigentes Lojistas informou que irá colaborar com os reparos necessários, apresentando um plano de restauração com prazo de até 20 dias úteis, incluindo a substituição de peças de granito danificadas. A entidade ressalta, contudo, que a falta de manutenção municipal ao longo dos anos é o principal fator para o atual estado de degradação.
Prefeitura ainda não se posicionou oficialmente
Até o fechamento desta edição, a Prefeitura de Campos não havia emitido nota oficial sobre o caso. Fontes do Executivo informaram que o laudo será analisado por técnicos da Secretaria de Obras e que novas medidas poderão ser anunciadas nos próximos dias para garantir a segurança de pedestres e preservar o patrimônio público.
Moradores e comerciantes cobram solução
Enquanto o impasse segue, moradores e comerciantes da área central demonstram preocupação com os riscos apontados e cobram uma resposta rápida das autoridades. A polêmica pode evoluir para uma disputa administrativa — ou até judicial — caso não haja consenso entre as partes.
“O espaço é um cartão-postal da cidade. Não pode ficar entregue a rachaduras, fiação exposta e pichações antigas”, desabafou um comerciante local que preferiu não se identifica
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