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15/11/2025 20:37 | Colunistas
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por Ivana Andrade

Precisamos falar sobre o Suicídio

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O suicídio é um fenômeno universal, complexo e multifatorial, não sendo resultado de um motivo único, mas sim de um conjunto de situações sociais, culturais, psicológicas e ambientais, que se acumulam ao longo da vida. Além disso é permeado por vários mitos e tabus na nossa sociedade, que acredita que falar sobre o assunto pode estimular este comportamento.
Alguns estudos associam o aumento do número de auto execução quando há ênfase pela mídia nos métodos empregados pela pessoa para se matar e quando há glamourização do autoextermínio ao ser retratado, entre outros aspectos, como um ato de coragem ou de solução para os problemas. A OMS adverte que há maneiras de abordar o assunto com cuidado, priorizando informações que estimulem o enfrentamento, o crescimento emocional diante das crises.
Quando estamos em sofrimento, é natural o sentimento de solidão e desesperança. Nestes momentos, pode ser difícil perceber sozinho soluções ou possibilidades de amenizar o sofrimento. Nesse sentido, entendendo que o ato do suicídio não é uma busca de eliminação da vida, mas de eliminar o sofrimento, é muito importante falar o que está sentindo, buscar ajuda, procurar um profissional da saúde, permitindo que sejam indicados os serviços de apoio existentes na sociedade.
Também é importante conhecer sobre saúde mental, identificar e fomentar os fatores que ajudam a pessoa a ficar melhor, como atividade física, convívio social, envolvimento religioso-espiritual, hobby, lazer. Na depressão, a pessoa se vê com menos capacidade de lidar com problemas, devido à baixa autoestima, e ainda enxerga o problema com uma lente de aumento. Então o percebe como muito grande e sua capacidade de enfrentamento como diminuída. É importante saber que essa distorção na percepção ocorre na depressão. Com tratamento, há melhora.
O melhor modo de prevenir é tornar as pessoas mais capazes de lidar com os desafios normais da vida. Programas de Saúde Mental podem ser estimulados em espaços públicos e privados, ensinando habilidades socioemocionais, que permitam capacitar a resolver problemas e fomentar resiliência. Sendo um problema de saúde pública, é de suma importância que existam ações governamentais para organizar e oferecer assistência a pessoas em sofrimento, promovendo o acesso a serviços e criando ambientes de suporte.
Importante divulgar o telefone do CVV – Centro de Valorização da Vida. Formado exclusivamente por voluntários, oferece apoio emocional e prevenção do suicídio gratuitamente. O atendimento é realizado pelo telefone 188 – 24h por dia e sem custo de ligação; chat e e-mail. O CVV é uma entidade nacional fundada em 1962, financeira e ideologicamente independente. Sem viés religioso, político-partidário ou empresarial.

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