Uma análise consolidada de relatórios da CPI da Câmara, da Polícia Federal e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) revela uma cronologia de má gestão e irregularidades que levaram o Instituto de Previdência dos Servidores de Campos (PREVICAMPOS) a um prejuízo de R$ 299,8 milhões, conforme apurado pelo TCE-RJ em 2020.
A Responsabilização (2021-2025): Após anos de investigação, o TCE-RJ, por meio de uma Tomada de Contas Especial, rejeitou as defesas dos envolvidos e, em decisão final de 2025, manteve a condenação dos ex-gestores, da consultoria Crédito & Mercado e das empresas do mercado financeiro, determinando o ressarcimento solidário do dano. Paralelamente, os ex-gestores tornaram-se réus na Justiça Federal, e o Ministério Público do Rio de Janeiro instaurou Inquérito Civil por improbidade administrativa.
O Impacto Hoje: O rombo, que em valores atualizados ultrapassa meio bilhão de reais, é uma das causas do déficit do PREVICAMPOS. Anualmente, a Prefeitura de Campos é forçada a desviar dezenas de milhões de reais de seu orçamento para cobrir essa perda, comprometendo investimentos em saúde, educação e infraestrutura para toda a cidade.
Quem lembra da CPI do PreviCampos sabe dos milhões comprovados que desapareceram dos cofres públicos. Porém, a soma do Prejuízo
de "meio bilhão de reais" é uma estimativa conservadora que soma:
Dano Direto (Dano Emergente): Os R$ 300 milhões que foram perdidos, conforme apurado pelo TCE-RJ.
Dano Indireto (Lucros Cessantes): Pelo menos R$ 200 a R$ 300 milhões em rendimentos que deixaram de ser auferidos ao longo de quase uma década.
Prejuízo Total Real = Dano Direto + Custo de Oportunidade ≈ Mais de R$ 500 Milhões
Essa metodologia, que soma a perda direta com o que se deixou de ganhar, é um padrão em perícias financeiras para calcular a extensão real de um dano.
O rombo no PREVICAMPOS não foi apenas o que foi tirado, mas também o futuro que foi roubado daquele patrimônio.
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